A cantora, compositora e atriz potiguar acaba de lançar Nordeste Ficção, seu álbum de estreia. O trabalho foi imaginado como um roteiro de teatro, um romance de autoficção e um docudrama cinematográfico, trazendo uma beleza e alegria irresistíveis. Traz ainda a grandeza melódica e poética de compositores como Alceu Valença, Ednardo, Fagner, Belchior e Zé Ramalho e dialoga com herdeiros deles nos anos 1990, como Chico César, Zeca Baleiro, Rita Ribeiro e Lenine. Presente uma canção inédita de Tom Zé, cantada ao lado de Letrux, além de diversas parcerias de Juliana com Chico César, Zeca Baleiro, Khrystal, Moyseis Marques, Posada, Mestrinho, Jéssica Caitano entre outros e uma releitura do hino nordestino Tareco e Mariola, de Petrúcio Amorim. Juliana confessa que o álbum foi influenciado pelo livro A Invenção do Nordeste e Outras Artes, de Durval Muniz de Albuquerque Jr., com questionamentos sobre os significados de ser nordestina hoje. Artista nascida em Natal, Juliana foi viver no Rio de Janeiro em 2010. Essa mudança deu a ela um lugar de observação privilegiado a respeito dos clichês com que o resto do país enxerga o Nordeste. A reação a esses estereótipos alimentou a criação das canções. Juliana Linhares também é a voz à frente da banda Pietá desde 2012 e integrante do grupo Iara Ira. Antes de lançar Nordeste Ficção, Juliana gravou o EP Perdendo o Juízo, produzido pela cantora baiana Josyara. Vale ressaltar também sua presença nas artes cênicas. Trabalhou com João Falcão em A Ópera do Malandro e Gabriela, esteve ao lado de Angel Vianna em O Tempo Não Dá Tempo, foi diretora assistente em Vamos Comprar um Poeta, e alterna com a atriz Laila Garin no musical A Hora da Estrela, além de atuar em Contos Partidos de Amor.